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sábado, 14 de março de 2009

O VALOR DOS OBJETIVOS


Crônica 30



Hoje o nosso tema são os objetivos que temos na vida. Primeiro, infelizmente, a maioria das pessoas não os tem, porque simplesmen-te não ouviram falar de objetivos, quando eram crianças ou adolescentes. E, quando perceberam a sua necessidade, já eram adultas e já estavam na roda viva, com muitas ocupações e, portanto, sem tempo para parar e pensar sobre eles. Talvez os pais tenham dito que ele tinha que escolher uma profissão, mas ser advogado, por exemplo, não é um objetivo suficiente. Um diploma de Direito é só a permissão para que você exerça a profissão de advogado, não é a profissão.
O fato é que sem objetivos definidos e claros para nós mesmos, é difícil realizarmos os nossos desejos, porque eles permanecem intangíveis. Temos a mania de dizermos que gostaríamos disso e daquilo, mas, normalmente, nada fazemos para satisfazer os desejos. Há o sujeito que passa a vida inteira dizendo que gostaria de conhecer Paris e não dá um passo sequer em direção à capital francesa. Primeiro é preciso ter um passaporte, comprar a passagem e levar dinheiro para as despesas de viagem. Caso saiba um pouco da língua, será melhor, mas não é imprescindível, pois ele pode fazer uma excursão e o guia servirá de intérprete.
Então o que ele precisa é economizar durante algum tempo, que vai variar de acordo com o seu salário, e parar de usar o futuro do pretérito. Ora, se ele recebe um salário mínimo, é claro que ele jamais irá a Paris. Neste caso, ele tem problemas e necessidades bem mais sérias do que fazer uma viagem à Europa. Refiro-me aos que, potencialmente, podem ir a Paris e não vão, por razões secretas que dizem respeito a sessões de análise, e não a esta crônica.
Digo isto, para tentar definir melhor o que é um objetivo. Ir a Paris no exemplo acima não era um objetivo do sujeito da história, era só um modo de falar sobre a sua inércia diante de supostos desejos. Objetivo na verdade é uma meta para a qual nós nos encaminhamos e pela qual fazemos tudo o que for preciso. Quando fazemos pouco ou desistimos no meio do caminho, não era um objetivo. Era talvez só uma fantasia, na falta de palavra melhor.
Não queremos dizer que, obviamente, basta ter um objetivo para alcançá-lo. E, sim, que temos que agir, agir e agir.
Façamos um teste. Pergunte às pessoas ao seu redor quais os seus objetivos na vida, desde os mais simples e imediatos aos mais distantes e duradouros. Aposto que a maioria vai se embaraçar para dar a resposta, porque provavelmente nunca pensaram nisto, embora ninguém vai querer admitir que tem vivido até agora sem objetivo algum. Pensemos a respeito.

Katia Sarkis

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